Uma história de cinco mulheres claras, mas nem por isso, solares, cujo chão é fértil de mais, num clima frio por demais.
Cinco mulheres que sonham sonhos secretos demais e vivem sob o mesmo teto e partilham problemas reais e não tão reais assim, cujo entorno parece perdido no mundo, em um tempo escuro por demais.
Tempo de uma liberdade forjada e mentirosa. Uma liberdade inventada e cruel, posto que ao abrir as portas das senzalas, retirando as correntes das pernas e braços negros, não cura as feridas nem devolve a dignidade, vergonhosamente, roubada dos homens e mulheres de pele escura.
Cinco mulheres vivas ou mortas, loucas ou equilibradas, rudes ou sensíveis demais, que tentam entender esse mundo e essa vida, que as cerca, às vezes luminosa, às vezes sombria por demais. Por que tudo na vida e na morte das mulheres claras da Família Astraças é sempre por demais!
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